Campanha

As medidas de confinamento social impostas pelo estado de emergência, decretado na sequência da pandemia COVID-19, suscitam grandes preocupações ao nível do possível agravamento de situações de negligência e de maus tratos contra as crianças e jovens.
Esta iniciativa convoca aqueles/as que sentem como sua a responsabilidade de contribuir para minorar os efeitos negativos que o confinamento social pode ter neste contexto. Adicionalmente, pretende contribuir para a otimização das respostas que já estão disponíveis, através do seu reforço.
Urge, por isso, mobilizar a sociedade civil, sensibilizando-a e informando-a do seu papel insubstituível na ajuda às nossas crianças e jovens em risco e perigo, sobretudo no que diz respeito à sua sinalização e encaminhamento – consciente e responsável – às entidades competentes. Todos/as somos agentes de proteção das crianças e jovens e aquilo que pretendemos é #AjudAjudar.

as mensagens e imagens da campanha

A experiência de confinamento físico, tal como ocorre presentemente no nosso país, no contexto de combate à pandemia COVID-19, não só pode gerar um aumento significativo das ocorrências de casos de negligência, maus tratos ou abusos sexuais contra crianças, como pode dificultar o acesso a mecanismos de auxílio e socorro às vítimas. Daí que a vizinhança, familiares e amigos são, nesta fase, garantes importantes do bem-estar das crianças e adolescentes. Qualquer pessoa tem a obrigação de sinalizar uma suspeita de maus tratos ou abusos contra crianças e adolescentes.
Vamos prestar atenção? #AjudAjudar




Prestar atenção a sinais de desavenças, barulhos estranhos, gritos, choro prolongado e mostrar-se preocupado/a, presente e disponível para ajudar a criança, pode fazer toda a diferença. Alerte as autoridades locais, Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana, para qualquer situação que lhe pareça suspeita. Cabe às entidades com competência em matéria de infância e juventude, à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) ou ao Ministério Público averiguar a situação.
Relate exatamente o que viu ou ouviu e seja claro/a na forma como comunica (diga “deu um estalo” em vez de “bateu-lhe”). Todas as sinalizações devem ser verdadeiras e precisas. A denúncia pode ser anónima. Lembre-se que pode estar a salvar a vida de uma criança ou adolescente.
Vamos prestar atenção?
#AjudAjudar
Tu podes ajudar outras crianças ou adolescentes.
Deves conhecer os teus direitos e ter a noção de que um deles é o direito a não ser tratado/a com violência. Estar atento/a e disponível para ouvir as pessoas amigas é importante, em especial nesta fase, porque tu podes ser a única pessoa com quem falam dos seus problemas. Mostra que, mesmo longe, podes ajudar. Lembra-te que os maus tratos e o abuso sexual de crianças e adolescentes são crimes e, muitas vezes, acontecem na família. Não deixes, por isso, de falar com os teus pais ou docentes e de lhes pedir para contatarem as autoridades, Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana, ou toma tu essa iniciativa. Se for necessário, conta o que se passa a mais do que uma pessoa adulta da tua confiança.
Vamos prestar atenção?
#AjudAjudar

É normal sentirmo-nos mais ansiosos e com mais dificuldade em controlar os nossos impulsos durante este período de confinamento. As famílias em que já havia problemas estão numa situação de maior risco. Nestas circunstâncias, as crianças são quem mais pode sofrer. É importante recorrer à ajuda profissional sempre que sentirmos necessidade. Não hesite em contactar um(a) psicólogo(a) e em pedir ajuda. Ligue para uma linha de apoio à criança ou contacte diretamente as entidades com responsabilidades em matéria de infância e juventude.
Vamos prestar atenção?
#AjudAjudar


O risco de que muitas situações de violação dos direitos das crianças (maus tratos, abusos sexuais, negligência, exposição a violência doméstica) fiquem por identificar é maior durante o período de isolamento social.
Por essa razão, torna-se imperativo encontrar meios alternativos de sinalização destas situações.
Vamos prestar atenção?
#AjudAjudar
Os docentes sempre tiveram um papel primordial na sinalização de situações de crianças ou jovens em risco ou perigo. Nesta fase, é ainda mais imprescindível o seu contributo na proteção das crianças e jovens.
O contacto com o/a professor/a pode ser a única forma de uma criança ou jovem pedir ajuda.
Vamos prestar atenção?
#AJudAjudar